Enfrenta o violento crepitar da labareda, Liberta-se do fumo sufocante, Agarra com determinação a agulheta, Esquece-se de si em cada instante. Revela-se inconsciente e irresponsável, Tem família e dela se esqueceu, Defende um bem que não lhe pertence, Procura a vida e ninguém o entendeu. O infortúnio chega sempre antes dele, É confrontado com a incompreensão, O egoísmo é rastilho incandescente, E nem por isso ele sente a solidão. Exausto, cai por terra, O fotógrafo registou o cansaço, O jornal disse que virou as costas à luta, Mas a sua vontade é de aço. Ele não quer notoriedade, Ele rejeita protagonismo, Ele quer combater para salvar, Porque sabe dizer ALTROISMO. O seu rosto ficou negro como carvão, O suor escavou sulcos no seu rosto inteiro, Esconde as lágrimas de alguma desilusão, Porque é HOMEM e também é BOMBEIRO.
2 comentários:
Olá! Bela e merecida homenagem a esses heróis anônimos, que arriscam a vida.
Um fim de semana de felicidade e realizações!
Beijos
Por entre Línguas de Fogo
Enfrenta o violento crepitar da labareda,
Liberta-se do fumo sufocante,
Agarra com determinação a agulheta,
Esquece-se de si em cada instante.
Revela-se inconsciente e irresponsável,
Tem família e dela se esqueceu,
Defende um bem que não lhe pertence,
Procura a vida e ninguém o entendeu.
O infortúnio chega sempre antes dele,
É confrontado com a incompreensão,
O egoísmo é rastilho incandescente,
E nem por isso ele sente a solidão.
Exausto, cai por terra,
O fotógrafo registou o cansaço,
O jornal disse que virou as costas à luta,
Mas a sua vontade é de aço.
Ele não quer notoriedade,
Ele rejeita protagonismo,
Ele quer combater para salvar,
Porque sabe dizer ALTROISMO.
O seu rosto ficou negro como carvão,
O suor escavou sulcos no seu rosto inteiro,
Esconde as lágrimas de alguma desilusão,
Porque é HOMEM e também é BOMBEIRO.
Lobo Amaral
(Dez. 2006)
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